Mourão admite atraso no combate ao desmatamento na Amazônia após queimadas na região baterem novo recorde

Mourão admite atraso no combate ao desmatamento na Amazônia após queimadas na região baterem novo recorde

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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRFT-DF), admitiu, nesta sexta-feira (10), que houve atraso do governo federal no combate ao desmatamento na Amazônia. A declaração acontece no mesmo dia em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o desmatamento no primeiro semestre foi o maior em 10 anos.

De acordo com a reportagem do site Metrópoles, Mourão afirmou que ações de combate deveriam ter sido colocadas em prática no mês de dezembro do ano passado. “Começou tarde, lógico. O começo em maio vai nos dar uma melhor situação em relação a queimadas, mas não em relação ao desmatamento”, disse.

O general, que também é presidente do Conselho da Amazônia, órgão responsável pela coordenação e acompanhamento da implementação das políticas públicas voltadas para área, reafirmou que o governo precisa encontrar soluções permanentes para a fiscalização da floresta.

“O Ibama hoje tem 300 fiscais, como você vai operar com 300? E os fiscais não estão na Amazônia. Vamos lembrar que tem o cara que está em Abrolhos, tem o outro que está no parque de Aparados da Serra, outro em Foz do Iguaçu… a gente precisa contratar gente”, afirmou.

Ainda nesta sexta, Mourão participou de videoconferência com investidores brasileiros, que cobravam uma resposta à situação para não perderem investimentos externos. Na quinta-feira (9), ele conversou com empresários estrangeiros e prometeu ações.

Segundo dados do Inpe, mais de 3 mil km² de floresta foram perdidos entre janeiro e junho de 2020, o equivalente a uma extensão duas vezes maior do que a cidade de São Paulo.

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