Nesta quinta-feira (16), parlamentares do Senado prestaram juramento diante do presidente da Suprema Corte, John Roberts
O Senado dos Estados Unidos adotou nesta quinta-feira (16) medidas formais para avaliar o afastamento do presidente Donald Trump por abuso de poder. Questões centrais, como o depoimento de testemunhas no processo de impeachment, no entanto, ainda são incertas.
Na quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados – de maioria democrata – enviou duas acusações formais contra Trump ao Senado controlado pelos republicanos, encaminhando o início do julgamento de impeachment para a próxima semana.
Nesta quinta, no primeiro ato do processo de impeachment no Senado, os parlamentares da Casa prestaram juramento diante do presidente da Suprema Corte, John Roberts.
O julgamento político do presidente estadunidense será retomado na próxima terça-feira (21), de acordo com o líder da maioria republicana no Senado americano, Mitch McConnell.
Na Câmara dos Deputados, o afastamento de Trump foi aprovado por 228 a 193, cabendo, agora, ao Senado a ratificação de tal determinação. O republicano é acusado de ter praticado abuso de poder por pedir à Ucrânia a investigação o rival político Joe Biden. Além disso, ele é acusado de ter obstruído o Congresso por barrar depoimentos e documentos solicitados pelos parlamentares democratas.
O Senado deve absolver Trump e mantê-lo no cargo, já que nenhum dos 53 republicanos expressou apoio à sua remoção –uma medida que exigiria uma maioria de dois terços.
A aprovação do impeachment na Câmara no mês passado, entretanto, cria um desgaste político à sua imagem. Além disso, o julgamento televisionado no Senado pode constrangimento ao empresário, que busca a reeleição neste ano. O ex-vice-presidente Biden é um dos favoritos da disputa pela indicação democrata para enfrentá-lo na eleição de 3 de novembro.