Flaviano Rohrs reagiu às críticas que vem sofrendo por ameaçar a permanência da Universidade Federal do Recôncavo Baiano na cidade
O prefeito de Santo Amaro, Flaviano Rohrs (DEM), afirmou que não há impeditivo legal para a doação do terreno da antiga Fundição Tarzan para a implementação de uma indústria química. Em vídeo publicado nas redes sociais no domingo (26), o prefeito reagiu às críticas que vem sofrendo por ameaçar a permanência da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) na cidade.
“Nunca soube que diretor de universidade tem autonomia para dizer se fica ou sai universidade da cidade”, afirmou o democrata.
O conflito envolvendo o município e a universidade começou com a notícia de que a prefeitura enviou à Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza a doação do espaço físico da antiga sede da Fundição Tarzan para a Orbi Química. A reitoria da UFRB se disse surpresa com a situação, já que a instituição não foi informada sobre a pretensão da gestão. Isso porque a universidade recebeu a doação do terreno em dezembro de 2012, conforme Escritura Pública de Doação firmada entre a UFRB e a Prefeitura de Santo Amaro.
Segundo nota divulgada no site da universidade, assinaram a escritura o então reitor Paulo Gabriel Soledade Nacif e então prefeito Ricardo Jasson Magalhães Machado do Carmo. O objetivo era a instalação do Campus Universitário de Santo Amaro.
O santo-amarense Caetano Veloso chegou a gravar um vídeo nas redes sociais pedindo que os vereadores pensem no assunto com cuidado e atuem para impedir a saída da UFRB da cidade.
Também em vídeo, o prefeito Flaviano Rohrs afirmou que não está tomando terreno da UFRB, já que a área voltou a pertencer ao município desde quando foi finalizado o prazo de quatro anos para construção na área.
“Em momento nenhum a universidade manifestou interesse em permanecer de posse do terreno. Automaticamente por força da lei o terreno volta a ser do município. (…) A universidade tinha projeto de implantação e construção na antiga siderúrgica, mas, infelizmente, por não ter orçamento, se levou 15 anos no estado que estamos vendo: abandonado, invadido, servindo de prostíbulo e desova”, acrescentou.
Por Bahia.Ba