Em meio à pandemia e distanciamento social, a Prefeitura de Itagimirim vai na contramão de todas às atitudes de combate ao COVID-19 e expõe os cidadãos da cidade no extremo sul baiano recentemente abordados para uma pesquisa de opinião pública. Os quatro pesquisadores vindo diretamente da Região Metropolitana de Salvador (RMS) estavam a serviço da empresa PERFIL ESTATÍSTICA, conforme os crachás de identificação.
Com o avanço do Coronavírus e com o aumento significativo do número de casos em Salvador e em toda a Bahia, os munícipes temem a presença dos tais pesquisadores pelo risco iminente de contágio e infecção à população do município onde não há, até o momento, nenhum registro de caso confirmado da doença.
Nas redes sociais, diversos vídeos e comentários denunciaram este absurdo que aconteceu na manhã desta terça-feira (02/06/2020), em Itagimirim. O principal questionamento dos moradores do município é a respeito da entrada do veículo, modelo Renault Clio Sedan, placa: JRM – 1323, de SALVADOR, capital da Bahia, com quatro ocupantes residentes de outro município para realizar pesquisa “Eleitoral” com os moradores de Itagimirim, sendo que a cidade encontra-se fechada para o acesso de visitantes de outras localidades.
Uma pergunta que chamou atenção dos entrevistados foi o questionamento a respeito da atuação do marido da Prefeita Devanir Brillantino (PL) à frente da Assistência Social, o que prova o quanto essa atuação “voluntária” foi planejada e premeditada. A pesquisa, provavelmente, tem por objetivo monitorar a população e saber se o assistencialismo conseguiu reverter a baixa aceitação política da Prefeita Devanir (PL) em Itagimirim.
Pelo questionário, a pesquisa também tem como propósito identificar se às ações de assistencialismo em meio a pandemia do COVID-19 feitas pela secretária de Educação na entrega dos kits de alimentação a partir da Lei de nº 13.987, DE 7 DE ABRIL DE 2020, que autorizou, em caráter excepcional, durante o período de suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica. A mesma abordagem está tendo efeitos “eleitoreiros” positivos para gestão.
Essa atitude só reforça que a prefeita de Itagimirim está preocupada somente em reverter sua grande rejeição no município e monitorar se às medidas de assistência em meio ao COVID-19 estão surtindo efeitos “eleitoreiros” para a atual gestão de Itagimirim. Medidas como esta prova o quanto a gestora é irresponsável ao ponto de optar por monitorar eleitoralmente o município ao invés de cuidar dos munícipes neste momento tão difícil que estamos atravessando.
A pergunta que não quer calar: diante de uma situação extremamente difícil de pandemia, porque a prefeitura de Itagimirim dá acesso a pessoas de fora para fazer pesquisa política, uma vez que o momento requer a preocupação no combate e enfrentamento contra o vírus que vem comprometendo gravemente à saúde da população de Salvador e em algumas cidades da Bahia?
A capital baiana registra 11.632 casos confirmados e 412 óbitos até o dia 31 de maio. Será que essas pessoas de fora não representam um risco para a população itagimiriense?
Veja fotos e vídeo que circulam nas redes sociais:
